A cozinha é frequentemente chamada de coração da casa, e não é para menos. É onde preparamos nossas refeições, reunimos a família e, muitas vezes, recebemos amigos. Por isso, sonhar com uma cozinha planejada, que seja ao mesmo tempo bonita, funcional e durável, é o desejo de muitos. No entanto, o caminho até a cozinha ideal pode ter algumas armadilhas. Um planejamento inadequado pode resultar em frustrações, custos extras e um espaço que não atende às suas necessidades diárias.
Para ajudar você a evitar dores de cabeça e garantir que seu investimento valha a pena, preparamos um guia completo com os 15 erros mais frequentes ao projetar uma cozinha planejada – e, o mais importante, como fugir deles!
Os erros que podem comprometer o projeto da sua cozinha planejada dos sonhos
Conhecer os deslizes mais comuns é o primeiro passo para um projeto bem-sucedido. Vamos a eles:
1. Não consultar um profissional ou uma empresa especializada
Muitas pessoas, na tentativa de economizar ou por acreditarem que sabem exatamente o que querem, dispensam a ajuda de um profissional qualificado.
- Por que é um erro: A ausência de um olhar técnico pode levar a um aproveitamento inadequado do espaço, escolhas de materiais que não se adequam à rotina da casa, problemas de ergonomia, erros de dimensionamento e, consequentemente, um resultado final que não é prático nem esteticamente agradável. Além disso, a falta de conhecimento sobre as últimas tendências e soluções inteligentes pode fazer com que você perca oportunidades de otimizar seu projeto.
- Como evitar: Busque sempre o auxílio de designers de interiores, arquitetos ou consultores de lojas especializadas em móveis planejados, como a Forniture. Esses profissionais têm a expertise para traduzir suas necessidades e desejos em um projeto viável, funcional, seguro e que caiba no seu orçamento. Eles conhecem os melhores materiais, ferragens, e as soluções mais inovadoras para cada tipo de ambiente e estilo de vida.
2. Não pensar adequadamente na bancada

A bancada é uma das superfícies mais utilizadas na cozinha planejada, servindo de apoio para o preparo de alimentos, instalação de cuba, cooktop e, por vezes, como área para refeições rápidas.
- Por que é um erro: Negligenciar a altura correta, o material ideal para o seu tipo de uso, a profundidade necessária ou a integração harmoniosa com os eletrodomésticos pode gerar grande desconforto no dia a dia, além de comprometer a durabilidade e a estética da sua cozinha planejada. Uma bancada muito baixa causa dores nas costas, enquanto uma muito alta é desconfortável para o manuseio. Materiais inadequados podem manchar, riscar ou não suportar o calor.
- Como evitar: Antes de tudo, defina qual será o uso principal da sua bancada. Se você cozinha com frequência e utiliza panelas quentes, materiais como granito, quartzo, dekton ou porcelanato são mais indicados pela sua resistência. A altura padrão costuma variar entre 85cm e 95cm do piso, mas o ideal é que seja personalizada para a estatura dos principais usuários. Pense também na profundidade (geralmente 60-65cm) para garantir espaço suficiente para trabalho e para os eletrodomésticos embutidos. Não se esqueça da área molhada ao redor da cuba e do espaço de preparo entre a cuba e o fogão.
3. Projetar armários superiores muito altos ou profundos demais
A busca por máximo aproveitamento de espaço pode levar à decisão de instalar armários que vão até o teto ou que são mais profundos que o padrão.
- Por que é um erro: Embora armários altos otimizem o armazenamento vertical, se as prateleiras mais elevadas forem inacessíveis sem o uso constante de uma escada, os itens ali guardados acabam esquecidos ou se tornam de difícil alcance no cotidiano. Armários superiores muito profundos (além dos 35-40cm usuais) podem dificultar a visualização e o acesso aos objetos do fundo, além de poderem causar batidas de cabeça em usuários mais altos ao utilizarem a bancada.
- Como evitar: Para os módulos mais altos, reserve-os para guardar objetos de uso menos frequente. Considere o uso de portas basculantes com sistemas de amortecimento ou pistão a gás para facilitar a abertura e o acesso. Para a profundidade, mantenha o padrão para os armários superiores, garantindo que não atrapalhem a área de trabalho da bancada. Se precisar de mais espaço, explore outras soluções como nichos ou prateleiras abertas em pontos estratégicos.
4. Negligenciar o projeto de iluminação

Uma boa iluminação é fundamental em qualquer ambiente, mas na cozinha planejada ela se torna crucial para a funcionalidade e segurança.
- Por que é um erro: Contar apenas com um ponto de luz central no teto é insuficiente. Áreas de trabalho importantes, como a bancada de preparo, o fogão e a pia, podem ficar sombreadas, dificultando as tarefas e aumentando o risco de acidentes. Uma cozinha mal iluminada também pode parecer menor e menos convidativa.
- Como evitar: Planeje um sistema de iluminação em camadas. Combine uma iluminação geral (com plafons ou spots embutidos distribuídos pelo teto) com iluminação de tarefa (fitas de LED instaladas sob os armários superiores para iluminar diretamente a bancada, ou spots direcionados para a pia e fogão). Se houver uma ilha ou mesa de refeições, pendentes podem adicionar um toque decorativo e funcional. Dê preferência a luzes brancas ou neutras, que não alteram a cor dos alimentos.
5. Não planejar cuidadosamente o armazenamento interno
Ter muitos armários não é sinônimo de uma cozinha organizada e funcional. O que realmente faz a diferença é como o espaço interno é planejado.
- Por que é um erro: Se você não pensar no que será guardado em cada gaveta ou armário, ou não investir em acessórios e organizadores internos, sua cozinha pode rapidamente se transformar em um local de bagunça e estresse. Utensílios difíceis de encontrar, panelas empilhadas de forma precária e mantimentos perdidos no fundo do armário são problemas comuns.
- Como evitar: Antes de definir a modulação dos armários, faça um inventário de tudo o que você precisa guardar: panelas, potes, pratos, copos, talheres, eletroportáteis, mantimentos, produtos de limpeza, etc. A partir daí, planeje soluções inteligentes como gavetões com divisórias internas para panelas e tampas, porta-talheres, porta-temperos extraíveis, aramados deslizantes para otimizar cantos (como os modelos “mágicos” ou giratórios), e prateleiras com alturas ajustáveis.
6. Esquecer do sistema de exaustão (coifa ou depurador)
Durante o preparo dos alimentos, especialmente frituras e cozimentos longos, são liberados fumaça, vapor, gordura e odores.
- Por que é um erro: Não prever um sistema de exaustão eficiente significa que toda essa fumaça e gordura se espalharão pela cozinha e pelo restante da casa, impregnando móveis, cortinas e paredes. Além do cheiro desagradável, a gordura acumulada torna a limpeza muito mais difícil.
- Como evitar: Inclua no projeto um espaço e um ponto elétrico (e, se for coifa, uma saída externa) para a instalação de uma coifa ou um depurador de ar. A coifa joga o ar para fora do ambiente, sendo mais eficiente para quem cozinha muito. O depurador filtra o ar e o devolve ao ambiente, sendo uma opção para quando não há saída externa. Verifique a vazão necessária do equipamento de acordo com o tamanho da sua cozinha e a potência do seu fogão.
7. Não incluir uma lixeira embutida ou discreta
A lixeira é um item indispensável, mas muitas vezes esquecido no planejamento, resultando em soluções improvisadas.
- Por que é um erro: Lixeiras soltas no chão podem atrapalhar a circulação, especialmente em cozinhas menores, além de não serem a opção mais higiênica ou esteticamente agradável. Se não forem bem vedadas, podem atrair insetos e causar maus odores.
- Como evitar: Planeje uma lixeira embutida em um dos módulos dos armários inferiores, preferencialmente próxima à pia para facilitar o descarte de resíduos durante o preparo dos alimentos. Existem diversos modelos no mercado, como as deslizantes, basculantes, com um ou mais cestos para separação de lixo orgânico e reciclável.
8. Não planejar os pontos elétricos, de gás e hidráulicos corretamente
Este é um dos erros mais críticos e que pode gerar grandes dores de cabeça e custos adicionais se não for bem gerenciado.
- Por que é um erro: Descobrir, após a instalação dos móveis, que faltam tomadas para todos os seus eletrodomésticos, que o ponto de gás do cooktop ou do forno está no lugar errado, ou que a saída de água e esgoto da pia ou da lava-louças precisa ser refeita, significa quebra-quebra, retrabalho e atraso na finalização da sua cozinha.
- Como evitar: Antes mesmo de fechar o projeto final dos móveis, defina a localização exata de todos os eletrodomésticos (geladeira, forno, micro-ondas, cooktop, coifa, lava-louças, filtro de água, etc.). Com essa definição, o profissional responsável pelo projeto dos móveis deve fornecer um projeto técnico detalhado com a posição e altura corretas de todos os pontos elétricos (incluindo a voltagem e amperagem necessárias), pontos de gás e pontos hidráulicos. Revise este projeto com os eletricistas e encanadores antes de iniciar qualquer obra civil.
9. Priorizar apenas o preço e não a qualidade dos materiais e ferragens
A tentação de economizar na escolha dos materiais e componentes dos móveis planejados é grande, mas pode ser um tiro no pé.
- Por que é um erro: Materiais de baixa qualidade, como MDP ou MDF de menor densidade ou sem proteção contra umidade, e ferragens simples (corrediças brancas, dobradiças sem amortecimento) comprometem significativamente a durabilidade, a funcionalidade e a aparência dos seus móveis a médio e longo prazo. Portas podem empenar, gavetas podem emperrar ou desalinharem, e o revestimento pode estufar com a umidade comum da cozinha.
- Como evitar: Entenda que móveis planejados são um investimento. Opte por MDF ou MDP de boa procedência, preferencialmente com tratamento hidrófugo (resistente à umidade) para as áreas mais críticas, como o módulo da pia. Verifique a qualidade das fitas de borda, que são essenciais para a vedação das chapas. Invista em ferragens de boa qualidade, como corrediças telescópicas (que permitem a extração total da gaveta e suportam mais peso), dobradiças com amortecedor (para um fechamento suave das portas) e puxadores resistentes.
10. Posicionar o micro-ondas em altura inadequada
O micro-ondas é um eletrodoméstico de uso frequente e sua localização deve priorizar a segurança e o conforto.
- Por que é um erro: Se instalado muito alto, acima da linha dos ombros, dificulta a visualização do interior e aumenta consideravelmente o risco de acidentes ao retirar recipientes com alimentos quentes e líquidos. Se muito baixo, pode ser desconfortável para adultos e perigoso para crianças pequenas, que podem acessá-lo indevidamente.
- Como evitar: A altura ideal para o micro-ondas é geralmente na linha dos olhos ou um pouco abaixo, permitindo que um adulto de estatura média consiga manuseá-lo confortavelmente e com segurança. Isso costuma ser entre 1,30m e 1,50m do piso. Ele pode ser embutido em uma torre de eletros, em um nicho específico no armário superior, ou até mesmo sobre a bancada, se houver espaço suficiente e não comprometer a área de preparo.
11. Instalar “torre quente” (forno + micro-ondas) em ambientes muito pequenos sem ventilação adequada
A “torre quente”, que agrupa forno elétrico e micro-ondas em um mesmo módulo vertical, é uma solução popular, mas requer atenção.
- Por que é um erro: Além de ocupar um espaço vertical considerável, a concentração de calor gerada pelos dois aparelhos em funcionamento pode superaquecer o ambiente, especialmente se a cozinha for pequena e não possuir uma boa circulação de ar. Mais importante ainda, os próprios móveis precisam de respiros para dissipar o calor dos eletrodomésticos, evitando danos a eles e aos armários.
- Como evitar: Em cozinhas compactas, avalie cuidadosamente se a torre quente é a melhor opção ou se distribuir os eletrodomésticos (por exemplo, forno sob o cooktop e micro-ondas em um nicho superior) pode ser mais vantajoso para o espaço e ventilação. Se optar pela torre, é imprescindível que o móvel seja projetado com vãos para ventilação (geralmente grades na parte traseira, superior ou inferior do nicho), seguindo rigorosamente as especificações dos fabricantes dos eletrodomésticos.
12. Projetar armários inferiores com muitas prateleiras fixas e pouco acessíveis
Os armários inferiores são essenciais para guardar panelas, potes e itens mais pesados, mas seu design interno impacta diretamente a praticidade.
- Por que é um erro: Armários baixos com prateleiras fixas, especialmente aqueles com profundidade padrão de 60cm, tornam o acesso aos itens guardados no fundo uma tarefa árdua. Frequentemente, é preciso retirar tudo o que está na frente para alcançar algo, o que desestimula a organização e o uso eficiente do espaço.
- Como evitar: Para os módulos inferiores, priorize o uso de gavetões. Eles permitem a extração total do compartimento, oferecendo uma visualização completa e acesso fácil a todos os itens, mesmo os mais pesados como panelas e travessas. Se for indispensável o uso de prateleiras, opte por modelos deslizantes ou extraíveis, que trazem o conteúdo para fora do armário.
13. Posicionar gavetas e armários importantes longe da área de trabalho principal
A funcionalidade de uma cozinha está diretamente ligada à lógica do fluxo de trabalho, muitas vezes representado pelo “triângulo de trabalho” (pia, fogão e geladeira).
- Por que é um erro: Se as gavetas de talheres estão longe da pia ou da mesa de refeições, se os panos de prato ficam do outro lado da cozinha, ou se os temperos e utensílios de cozinhar não estão próximos ao fogão, as tarefas diárias se tornam mais demoradas e menos prazerosas. Você acaba andando mais do que o necessário e interrompendo o fluxo das atividades.
- Como evitar: Pense no seu fluxo de trabalho ao cozinhar e organizar. Gavetas para talheres e porta-panos de prato devem estar próximas à cuba da pia e, se houver, da máquina de lavar louças. Gavetas com utensílios como conchas, espátulas e facas de chef, bem como porta-temperos, devem estar ao alcance das mãos quando você estiver no fogão. Mantenha os mantimentos de uso diário próximos à área de preparo.
14. Não considerar o espaço adequado e as especificações para a instalação do cooktop
O cooktop é uma escolha moderna e elegante, mas sua instalação requer cuidados específicos.
- Por que é um erro: Não prever o recorte exato na bancada conforme o modelo do cooktop, não deixar espaço para a ventilação inferior (exigida por alguns modelos, especialmente os de indução), ou posicionar o ponto de gás ou elétrico de forma incorreta pode inviabilizar a instalação, causar danos ao aparelho ou à bancada, ou até mesmo comprometer a segurança.
- Como evitar: Antes de encomendar o corte da bancada, tenha em mãos o manual de instalação do modelo exato do cooktop escolhido. As dimensões do nicho de encaixe são precisas. Verifique também os requisitos de ventilação (alguns cooktops precisam de um espaço livre abaixo deles ou grades de ventilação no móvel) e as distâncias mínimas de segurança de paredes ou outros móveis. Certifique-se de que o ponto de gás (para cooktops a gás) ou o ponto elétrico (para cooktops elétricos ou de indução, com a fiação e disjuntor corretos) estejam na posição indicada pelo fabricante.
15. Usar puxadores externos proeminentes em cozinhas muito pequenas ou corredores estreitos
Os puxadores são detalhes que fazem a diferença na estética, mas também na funcionalidade e segurança.
- Por que é um erro: Em cozinhas compactas, onde cada centímetro conta, ou em layouts tipo corredor, puxadores muito salientes podem se tornar obstáculos. É comum esbarrar neles, prender roupas ou até mesmo causar pequenos acidentes, além de visualmente fazerem o ambiente parecer ainda menor e mais “poluído”.
- Como evitar: Para espaços reduzidos, considere alternativas mais discretas e integradas ao design dos móveis. Puxadores embutidos, como os do tipo “cava” (usinados diretamente na frente da porta ou gaveta), puxadores de perfil (metálicos e finos, instalados na borda superior ou lateral dos painéis) ou sistemas de abertura por toque (onde uma leve pressão na porta ou gaveta aciona o mecanismo de abertura) são excelentes opções. Eles conferem um visual mais limpo e moderno, além de otimizarem a circulação.
Planejar a cozinha dos seus sonhos é um processo empolgante, e estar atento a esses detalhes fará toda a diferença entre um projeto bem-sucedido e uma fonte de frustrações. Lembre-se que cada escolha deve refletir suas necessidades, seu estilo de vida e o seu orçamento.
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